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domingo, 11 de outubro de 2015

V ato

V ato


Ignore-me, sou tão louco.

Sou tão compulsivo, tolo!

Não há intrigas, não há discórdia em mim, sou meu próprio amigo moribundo que espera atenciosamente pelo recomeço, meio, mas só sente o fim.

Justas essas frases insolentes não são, insolência também não.

O fruto que tanto busco ficou podre de tanto me esperar, não posso voltar, a sentença já me foi dada.

Sou louco? 

Sou louco! 
Tolos, não!
Sou só aquele que enxerga de mais na neblina densa como lama. 

Marcos Martins

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