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sexta-feira, 3 de julho de 2015

COM AS MÃOS UNTADAS EM SANGUE, SALVO O MUNDO DE MINHA HUMANIDADE


COM AS MÃOS UNTADAS EM SANGUE, SALVO O MUNDO DE MINHA HUMANIDADE



Um rato é apenas um rato e nada mais.
Um desejo é apenas um desejo e nada mais.
Um sorriso é apenas um sorriso e nada mais (já não se ri como ontem).

Depois da curva vem à guerra, e o espantalho já não pode mais erguer os braços para afastar os corvos do milharal da indiferença.

Com o sangue em minhas mãos, salvo o mundo do mundo;
Com o sangue em minhas mãos, lavo o chão que dá para a porta dos fundos;
Com o sangue em minhas mãos, vejo apenas sangue, só sangue, sangue.

Sou homem rachado – sertão que não cai nunca água;
Sou um homem despedaçado – com os fragmentos espalhados aos quatro cantos da solidão;
Sou um homem que já não sabe mais como pisar no mundo minado.

Sou sangue;
Sou dor;
Indiferença.

Sou solidão;
Amor;
Indiferença.

Faço versos líricos para mostrar o quão mágico pode ser o homem de barro;
Faço versos líricos que sangram; que mancham a mente com questionamentos dentro do mundo sectário. Por isso, faço esses versos líricos para viver devaneios que me permitam sentir-me bem dentro desse corpo labiríntico.



Marcos Martins.

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