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sábado, 28 de fevereiro de 2015

ANALOGIA DO POETAR


ANALOGIA DO POETAR


Fazer poesia que fere;
Fazer poesia que marca;
Fazer poesia que faz refletir a mais atormentada alma.

Um soneto seria bem vindo, mas não tenho a melodia rítmica contida em mim. Não a ponto de fazer um soneto.

Fazer poesia por prazer;
Fazer poesia para saciar o caos, saciar o caos contido em meu espírito cheio de espinhos.

Não me preocupa a métrica, o ritmo, os decassílabos, pois sou ser livre que escolho onde piso.

Fazer poesia mórbida;
Fazer poesia que para alguém faça algum sentido;
Fazer poesia que não faça sentido algum, pois há coisas que devem ser deixadas de lado o significado e sentir, apenas sentir o que vem de dentro, o que vem do mistério em cada um de nós contido.

Fazer, dar a luz e deixa-la seguir, deixa-la ir para aonde outros possam transformar a íris em rios translúcidos de sentimentos que não se possa nomeá-los com certeza.

Fazer uma poesia que me lave a alma e leve de mim todo o mal que um dia em meu corpo esteve contido.



Marcos Martins.

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