ANALOGIA DO POETAR
Fazer poesia que fere;
Fazer poesia que
marca;
Fazer poesia que faz
refletir a mais atormentada alma.
Um soneto seria bem
vindo, mas não tenho a melodia rítmica contida em mim. Não a ponto de fazer um
soneto.
Fazer poesia por
prazer;
Fazer poesia para
saciar o caos, saciar o caos contido em meu espírito cheio de espinhos.
Não me preocupa a
métrica, o ritmo, os decassílabos, pois sou ser livre que escolho onde piso.
Fazer poesia mórbida;
Fazer poesia que para
alguém faça algum sentido;
Fazer poesia que não
faça sentido algum, pois há coisas que devem ser deixadas de lado o significado
e sentir, apenas sentir o que vem de dentro, o que vem do mistério em cada um
de nós contido.
Fazer, dar a luz e
deixa-la seguir, deixa-la ir para aonde outros possam transformar a íris em
rios translúcidos de sentimentos que não se possa nomeá-los com certeza.
Fazer uma poesia que
me lave a alma e leve de mim todo o mal que um dia em meu corpo esteve contido.
Marcos
Martins.
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