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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

BUSCA

Uma antiga poesia em uma nova couraça.


BUSCA 


O que é o pensar das coisas?
O que são às dúvidas?
Como responder as perguntas que ruborizam?
Como ser verbo, se não sou nem adjetivo?

Como fazer a coisa certa de uma perspectiva caleidoscópica?
Como é sentir o amor, sem interesses burocráticos? 
De que osso foi feita a natureza?
De que costela foi feita a incerteza? 

Meus amigos, no auge de minha imaturidade dizia que todas as preocupações, dúvidas e inseguranças eram balelas – temos todas as respostas para o mundo quando somos jovens.

Amigos, no auge de minha maturidade, vos digo: “caminhem e só, pois todas as preocupações, dúvidas e inseguranças são balelas – temos toda a paciência do mundo quando a juventude não nos toca como antes”.

No auge de minha tola existência digo: “a verdade é que não existem verdades. A verdade se molda a nossos interesses, mas nunca se descortina por inteiro”. 

Não sei por que fico dando sentido novo a poemas esquecidos, mas é isso o que faz com que tudo me faça sentido. 

Busco o que todos buscam;
Encontro; 
Toco;
Volto a sentir esse vazio cósmico no meio umbigo.   

Marcos Martins.

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