Uma antiga poesia em uma nova couraça.
BUSCA
O que é o pensar das coisas?
O que são às dúvidas?
Como responder as perguntas que ruborizam?
Como ser verbo, se não sou nem adjetivo?
Como fazer a coisa certa de uma perspectiva caleidoscópica?
Como é sentir o amor, sem interesses burocráticos?
De que osso foi feita a natureza?
De que costela foi feita a incerteza?
Meus amigos, no auge de minha imaturidade dizia que todas as preocupações, dúvidas e inseguranças eram balelas – temos todas as respostas para o mundo quando somos jovens.
Amigos, no auge de minha maturidade, vos digo: “caminhem e só, pois todas as preocupações, dúvidas e inseguranças são balelas – temos toda a paciência do mundo quando a juventude não nos toca como antes”.
No auge de minha tola existência digo: “a verdade é que não existem verdades. A verdade se molda a nossos interesses, mas nunca se descortina por inteiro”.
Não sei por que fico dando sentido novo a poemas esquecidos, mas é isso o que faz com que tudo me faça sentido.
Busco o que todos buscam;
Encontro;
Toco;
Volto a sentir esse vazio cósmico no meio umbigo.
Marcos Martins.
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