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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Porque não um poema para essa sexta? Poetar, poetar, poetar!




O lar que me aflige


Estou em tua casa – prisão –;
Estou em tua casa, então sigo tuas ordens – por mais medievais que sejam –;
Estou em tua casa e me privastes de escreve poesias que não contivessem rimas;
Estou em tua casa, porém me sinto perdido em um vale cheio de sombras com interesses próprios.

Livros que são lidos;
Livros que leem apenas determinados capítulos;
Livros que um dia foram proibidos de serem lidos. Capítulos inteiros, sujos com sangue dos que interpretaram de forma diferente; ou questionaram o que estava escrito.

Estou em tua casa, me deste abrigo, me deste de comer, tentaste me afagar, tentaste me fazer ver. E em troca, tinha que renunciar os instintos que nasceram comigo.

Viver em perdição, andar por sete dias e se banhar em sangue.

Estou preso em tua casa como hospede acorrentado.
Me deste tudo, menos o poder de escolher o que, para mim, era certo ou errado.       


Marcos Martins.

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