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sábado, 12 de janeiro de 2013

Por todo o sempre eu me vi, porém não me enxerguei




Por todo o sempre eu me vi, porém não me enxerguei
(Marcos Henrique Martins)


Sempre existirão pessoas estúpidas que acham que podem fazer tudo, que acham que podem humilhar quem quer que seja, ou pisar no rosto de qualquer um;

Sempre existirão perdedores, pessoas que sonham e não realizam seus sonhos, que esperam, esperam, esperam e nada. Nada além de esperanças falsas vão se formar durante sua existência diminuta;

Sempre existirão pessoas com boas intenções, que matariam por essas boas intenções sem hesitar um só minuto, e fariam você sangrar se for de encontro às boas intenções que idealizam;

Sempre vai existir o amanhã e o depois do amanhã para termos esperança, mesmo que seja uma esperança fraca e obtusa;

Sempre existirão massas manipuladas e pensadores que sabem questionar como ninguém, porém, seus questionamentos não serão ouvidos por quem faz a diferença.

Existirão mais e mais pessoas lendo o Manifesto Comunista e achando que podem salvar o mundo. 

Sempre existirão os que leem O Príncipe e os que nunca o lerão;

Sempre existirá perseguição às minorias e a imposição dos mais fortes, por mais leis que um jurista possa criar;

Sempre existirá o amor, a ilusão no amor, e alguém que chora e mata por amor, como se o amor fosse dominação não um querer bem. Mas os homens não lutam por amarem seus ideais? Não matam por ideais?

Sempre existirá a miséria e pessoas tentando acabar com a miséria, mesmo que seja uma luta perdida, pois assim como o diabo que sabe qual o seu fim, na visão cristã, pessoas vão continuar lutando pelo fim da miséria que vai continuar vencendo-os no final;

Sempre existirão os existencialistas, os pessimistas, incrédulos, céticos, os fervorosos, os que se acham santos e o que são santificados por imposição;

Sempre existirá a dúvida.

Sempre existirão guerras e velhos caducos para contar aos mais novos como tudo aconteceu. E isso vai encher os corações desses anjos inocentes para que achem que da guerra nasce à paz;

Sempre existirá o vazio nosso de cada dia, preenchido por momentos artificiais, alguns bons, mas passageiros, pois fomos forjados na dor;

Sempre existirá vida, por mais que tentemos liquida-la, por mais que almejemos o fim;

Sempre existira poesia.

Sempre existirá o tempo, com toda a sua imparcialidade e justiça, pois a única coisa justa que já foi inventada é o tempo e dele ninguém escapa, nem os impérios e os bancos.

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