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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Um de meus poemas de meu livro Álbum de Lembranças



Vontade de Voltar
(Marcos Henrique Martins)

Já escrevo sem me preocupar com os dias, com as datas, com o que o tempo pode me dar de bom, ou não. Lembro-me de quando era jovem e puro. Hoje, continuo jovem, mas com ossos que viram pó e se partem com tanta facilidade.

Não faço rimas lindas e alegres, meu punho doe quando escrevo, queima quando escrevo; cego quando escrevo ou tento escrever rimas belas.

Ó! Doce placenta onde te escondes? Por que foges de mim, não tenho nojo de te, vem e encobre todo o corpo, sei que não tenho mais lanugem, mas ainda sou teu garoto, sou teu garotinho que chora quando cai ao chão e sente fome por não encontrar mais seu cordão umbilical.

Nada é mais como antes, antes da realidade do existir.

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