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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Caos

Fiz esse poema em 2002. É faz tempo, mas o caos permance em mim. Então, decidi compartilhar esse fardo com os ciber amigos.


 Caos
(Marcos Henrique Martins)


Será carência?
Culpa?
Será que estou vivo e todos estes anos estive dormindo? – Baba de anjo –.

Sacrifício humano é tão desumano. Mas somos pacíficos, podemos cochorar e sorrir; debochar e fingir. Somos tão pacíficos.

Quem tem um pouco de esperança para me emprestar? Posso pagar a prestação, mas me livre desses desejos de paz, sou mais feliz no caos.

O século 21 me fora fascinante até ontem. Agora, só restou eu e você meu tédio. Aí de mim e todos que choram escondidos, murmuram, imploram, blasfemam, lutam por um mundo utópico. Me sinto tão bem, sou tão feliz no caos.

 Tudo isto é inútil. Só o amanhecer vai nos curar dizem os gurus, e garotos com seus tablets e piercing nos mamilos ainda acreditam. Me sinto confortável no caos.

A simetria me odeia e eu a amo tanto. Tudo se resolvera. É dessa forma que acabam convenções, onde políticos participam. E suicidas acreditam nisto.

Sangue viral, cordão umbilical; o caos, Eu no caos.
Escuridão parcial; vista embaçada, eu sem razão, bactérias criadas, o caos.
Labirintos infinitos, sem saída, sem anda, apenas o caos.
Poesia transloucada, poetas sem musas, poemas sem espírito, sentido, sem vida, apenas teu caos.                

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