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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Crânio



Crânio
(Marcos Henrique)


Os momentos mais felizes de minha vida passei sem ti. Como eram felizes meus dias e, não sei o que aconteceu com meu pobre caos. Uma flecha foi isso o que você causou em meu pobre espírito, pois meu coração havia deixado num canto esquecido e nem sentia falta desse músculo, que sente mais as cosias do mundo do que o pensamento do filosofo mais profundo.

Os momentos mais serenos de minha vida passei ao lado de bêbados com verdades imprecisas, porém verdades, meio fingidas, um tanto quanto cuspidas, escarradas, gritadas e tão doidas que, as vezes me pareciam mentiras verdadeiras com gosto de sandice.

Estou quebrado agora, em mil pedaços, não me junto, não me juntam, se ao menos você pudesse me fazer um favor, mas é melhor assim, dor por dor.

Minha prosa é imprecisa, minha vida não menos. Não enxergo mais nos espelhos das zonas minha ansiedade. E o que vale apena enxergar? Se o que vejo é mais da mesma e boa violência. Pobre ânsia de meu espírito, sempre deprimido e com cheiro de mofo, sempre perdido e sem alvejante para lhe tirar as manchas amareladas.

O mundo são, me assusta e a lua tenta flertar comigo, um flerte proibido, pois não posso mais roubar sua inocência, então, você não tem serventia, nem para mim, nem para os poetas que te usaram e jogaram as folhas com teus poemas fora.

Verdades me são ditas pela boca da mais velha prostituta “A vida” E não adianta saber toda essa verdade, pois todos têm suas verdades - implícitas ou explicitas -. Me faça um favor, vida, cale sua boca e apenas siga, sem me olhar, sem me notar num banco de madeira velha e curtida.

Minha verdade? A verdade que eu digo, é que nem sempre uma prosa é para ser entendida, apenas sentida, apenas, vivida.

Um comentário:

Alexandre Lobão disse...

Muito bom o texto, Marcos, valeu!