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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010





Sentado aqui do teu lado, posso sentir tua dor, teus olhos estão fechados, entretanto posso ver como são belos e quando olham para mim sinto-me em casa, não me deixes meu amor, não faça sentir-se só, estou aqui e você não toca minha mão...

A escuridão é densa e não podemos nos tocar, não importa, sinto teu espírito a buscar meu afago como lembranças de um sonho bom. Você já me confortou tanto e agora não sei o que fazer a não ser pedir para que você não se vá, esse é o pedido de meu egoísmo, você não pode me ver talvez só me sinta, então; não se vá nossas vidas estão eternamente cruzadas, nem a escuridão por mais forte que seja poderá nos afastar por muito tempo, onde você estiver serei sempre teu, sempre teu...

Que caia a chuva, não me importo, ela não pode apagar tudo o que somos, segure minha alma com delicadeza, sinta o que eu sinto, quando estou contigo tua presença me faz tão bem. Noite vespertina me abre os olhos, sei que o tempo está por acabar e todos os momentos pedem socorro, sufocados num canto, eles lutam por você e por mim.

Meu espírito se sente livre, não há corrente que possa nos fazer mal...

A enfermidade não teme nosso amor e isso nos levara a ruína, mas o que importa para mim é o agora. Longas vidas, longa jornada, o dia nasce e outro termina só para me tentar fazer infeliz, amar é deixar ir, do fundo de meu egoísmo; vá...

Marcos Henrique

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