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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Estive dentro



Estive dentro

Estive dentro do chão, tenho pernas e não posso andar. Tenho bons sonhos, pois todos dizem adeus.

Fico sempre a espera, uma luz onde não há, mas, todos dizem adeus e não posso acenar.

Dentro do medo há mais medo;
Dentro do medo há mais medo;
Dentro do oco de meu pensar.

Não há mais lugar num corpo que não pode andar.

Me de uma morte lenta, um copo de eutanásia para gargarejar e, não finja que já fui bom, que todos possam sonhar e isso se aplica aqui nesse mesmo lugar inerte.

Dentro do medo há mais medo;
Estive dentro do impensado e tudo foi tão rápido que morri só, sem poder respirar.

Marcos Henrique

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