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segunda-feira, 9 de março de 2009


Sentado aqui do teu lado posso sentir tua dor, teus olhos estão fechados, entretanto posso ver como são belos e quando olham para mim sinto-me em casa, não me deixes meu amor, não faça sentir-se só, estou aqui e você não toca minha mão... A escuridão é densa e não podemos nos tocar, não importa, sinto teu espírito a buscar meu afago. Como lembranças de um sonho bom, você já me confortou tanto e agora não sei o que fazer a não ser, pedir para que você não se vá, esse é o pedido de meu egoísmo, você não pode me ver, talvez só me sinta, então; não se vá, nossas vidas estão eternamente cruzadas, nem a escuridão, por mais forte que seja poderá nos afastar por muito tempo, onde você estiver serei sempre tua, sempre tua... Que caia a chuva, não me importo, ela não pode apagar tudo o que somos, segure minha alma com delicadeza, sinta o que eu sinto, quando estou contigo tua presença me faz tão bem. Noite vespertina me abre os olhos, sei que o tempo está por acabar e todos os momentos pedem socorro, sufocados num canto, eles lutam por você e por mim. Meu espírito se sente livre, não há corrente que possa nos fazer mal... A enfermidade não teme nosso amor, isso; levara-la a ruína. Longas vidas, longa jornada, o dia nasce e outro termina só para me tentar fazer infeliz, amar é deixar ir, do fundo de meu egoísmo; vá... Marcos Henrique

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