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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mosquitos chupadores de vida


(Marco Henrique)


Quantos mosquitos você matou hoje?

Quantas vidas minúsculas há nosso egoísmo se foram? Quem segurou tua mão hoje?

Quantos anos com as mãos frias...?

Será que você sabe o quanto sangro para te fazer feliz? Quem conhece o amor verdadeiro poderia me dar um pouco, um simples gesto já me seria o bastante, já saciara meu egoísmo.

Eu sinto frio mesmo no deserto, me descobri e não estava preparado para perder...

Assim como a dor do parto da lua, ao dar a luz ao sol, meu trauma não tem cura, minha mente não tem cura, escrever não tem cura, mas isso me acalma e me entristece, me torna um homem, me torna mais calmo, me torna mais morto, me torna mais vivo, minha vida paradoxal...

...Faz-me chorar, me faz chorar por favor, essa é a única coisa que ainda me faz sentir-se; humano.

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