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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

3º parte de Menadel



3º PARTE:


Menadel torna a se, ao derrubar seu cálice de vinho no chão, ele ouve uma voz é a voz de Lázaro, aquele que foi ressuscitado por Cristo, Lázaro serve de porta voz entre os céus e Menadel, Lázaro o informa tudo.

- É, foi uma pena ela ter morrido tão jovem – diz Lázaro segurando o capacete de Joana D’arque.

- É... – responde Menadel pensativo.

- Tão jovem e virgem... – fala Lázaro com uma certa ironia.

- Jovem sim, mas seria uma injuria morrer virgem – diz Menadel com um sorriso no rosto.

- Miguel ficou uma fera, quase desce para cortar sua outra asa – fala Lázaro.

Os dois começam a sorrir.

- Você a amava – pergunta Lázaro.

- Nunca conheci mulher igual a ela, como ele está? – pergunta Menadel.

- Sabes que não posso dizer – responde Lázaro.

Menadel balança a cabeça em sinal de entendimento.

- Quais são as novas meu amigo? Quer um pouco de vinho? – pergunta Menadel.

- Seria ótimo; se eu tivesse paladar – responde Lázaro.

- Ele sabe que você está aqui? – pergunta Menadel se referindo a Deus.

- Deus sabe tudo meu amigo, tudo... – fala Lázaro com um olhar preocupado.

Menadel levanta-se e pergunta a Lázaro:

- E; então, o que lhe traz a minha humilde casa? – pergunta Menadel que enche seu copo com vinho.

- Eu vi o que você fez hoje – diz Lázaro apreensivo.

- Só espero que você não me olhe no banho – fala Menadel sorrindo.

Lázaro não sorri.

- Parece que está acontecendo algo no inferno – comenta Lázaro.

- É; o que eles querem com a garotinha? – pergunta Menadel.

- A mãe dela fazia parte de uma seita satânica, tentou fugir e acabou mal, ela foi estuprada por dez demônios Menadel e tomou sangue proibido – fala Lázaro.

Menadel o olha com espanto, demônios não pode ter filhos.

- E a mulher morta no beco, quem era? – pergunta Menadel.

- Não era a mãe, era só uma guardiã da garota, também fazia parte do culto, tentou sair e morreu – responde Lázaro.

- A mãe morreu no parto e a garotinha é a chave – fala Lázaro.

- Chave? Para que? – pergunta Menadel.

- Para abrir as portas do inferno – responde Lázaro.

- Mas isso é impossível! – fala Menadel desconcertado.

- Logo que você foi expulso, Lúcifer montou um exército, havia muito descontentamento nos céus, por causa de sua expulsão Menadel, muitos passaram para o outro lado, querubins, serafins, arcanjos, muitos odiavam os humanos, mulheres humanas foram estupradas por demônios, uma batalha foi travada nos céus, os demônios perderam a batalha mais a guerra continua, agora em outro campo de batalha; aqui – responde Lázaro.

- E a garotinha onde entra? – pergunta Menadel.

- Há uma profecia satânica que diz que se o sangue de uma criança especial for derramado em solo sagrado, os portões do inferno poderão ser comandados por um de seus generais, caso Lúcifer seja destruído, outro poderá tomar seu lugar – respondeu Lázaro.

- E, Abadel; pelo que eu saiba, ele é o braço direito que eu cortei de Lúcifer – diz Menadel.

- Quem então seria melhor para traí-lo? – responde Lázaro.

Menadel o olha e balança a cabeça.

- Sabe de quem era o sangue que a mulher tomou? – pergunta Lázaro.

- Abadel – responde Menadel.

- O general Abadel acha que com o passar dos séculos Seu irmão amoleceu, então; quer destituí-lo do cargo de manda-chuva – fala Lázaro.

- Bom, se ele quer destruir Lúcifer, me poupa o trabalho – fala Menadel.

- Só que ele não quer o inferno de teu irmão, ele quer criar seu próprio inferno, destruir Lúcifer, os humanos e o paraíso – diz Lázaro.

Menadel olha para Lázaro espantado.

- Boa sorte meu amigo – diz Lázaro.

Ao terminar de falar Lázaro desaparece. Menadel fica intrigado vesti-se e vai até um cemitério de padres, ao chegar fica de frente a uma catacumba, fecha os olhos e começa a balbuciar umas palavras, de repente uma voz nas trevas.

- O que você quer? – pergunta Judas o mesmo que trairá a Cristo.

- Sua cumplicidade – responde Menadel.

Um ser repugnante sai das trevas, ele tem os lábios rachados é corcunda em seu pescoço há uma queimadura, pelo fato dele ter se enforcado, tem cabelos ralo, pouco cabelo por sinal, suas unhas são nojentas, tem dentes afiados e uma calda com a ponta em forma de v, só que partida, chove um pouco; trovões e raios cruzam os céus, Judas sai cismado da escuridão; olha para os lados e senti o cheiro de Menadel.

- Para onde levaram a garota? – pergunta Menadel.

- Garota, que garota? – retruca Judas.

- O que você quer? - pergunta Menadel.

- Você gosta de me castigas – fala Judas.

- É o mínimo que posso fazer – fala Menadel rindo, que joga um chocolate para Judas.

- Agora me diga o que eu quero ouvir – diz Menadel.

- Eu não sei – responde Judas tentando abrir o bombom.

- Está mentindo - fala Menadel irritado.

- Eu juro que não sei, só sei que as coisas estão mais agitadas que o de costume – fala Judas comendo o bombom.

- Como assim? – pergunta Menadel.

- Ele está preocupado, ele está com medo – diz Judas lambendo os dedos.

- Isso não faz sentido – fala Menadel demonstrando desconfiança.

- Ouvi dizer que ele vai mandar alguém falar com você, não confie, fique sempre alerta; mas, ouça tudo, pelo bem da terra – fala Judas arregalando os olhos.

Judas entra nas sombras e desaparece.

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