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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mortos

A morte sempre sopra no ouvi dos vivos, antes de matar o corpo...

Era um dia lindo, crianças nascendo, noivas se casando, batizados, muitos batizados.

Nem tudo era perfeito...

Não posso fazer mais nada, tudo está acabado...

O rapaz toma o maior numero possível de comprimidos, engoli tudo e se deita em sua cama, minutos depois começa a se contorcer e a babar, e como quem tenta falar alguma coisa depois de cair com as costas ao chão, ele fica se esticando todo e olhando para o teto do quarto até seus olhos não apresentarem mais vida.
Está morto; e por uns instantes tudo é escuridão absoluta e calmaria.


Você não percebe o que aconteceu? – pergunta o ser.

Eu estava no meu quarto e aí... eu estou morto! É isso! Eu morri!? Achei que fosse falhar – diz o rapaz com um sorriso sombrio no rosto.

Ele não sabia, mas sua jornada só estava começando.

E como foi meu enterro? Acho que não foi ninguém – falou o rapaz.

É, você não tinha muitos amigos – disse o ser.

No céu, estavam travando uma longa batalha, demônios tentavam invadir e destronar Deus, os anjos estavam perdendo a batalha, então os homens também tinham que lutar; homens e anjos se misturavam, asas e lanças se misturavam.

O que terei que fazer? – perguntou o rapaz.

Terás que lutar, para poder ficar livre – respondeu o ser.

Mas, aqui eu sou livre – disse o rapaz.

Não, não é, você foi convocado meu filho – disse o ser.

Convocado, mais eu estou morto e estou no céu, não posso ser convocado aqui – disse o rapaz com um espanto claro em seu rosto.

Então o ser meio homem meio animal começa a lhe explicar tudo.

Você tirou sua própria vida, sua alma estaria condena ao tormento eterno, Deus lhe está dando uma chance, se você lutar Por ele, sua alma será salva, se não...

Quer dizer que ou eu luto, ou vou para o inferno – disse o rapaz.


Onde eu estou? Pergunta o rapaz.

Você não está nem no céu, nem no inferno – responde o ser meu homem meio animal alado.
Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? – pergunta o rapaz meio perdido.


Continua...

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