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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Livro: Eu, meu corpor & minha poesia




Jaboatão, ano de meus temores, mês do esquecimento.


Quase todos meus sonhos morreram, os que sobraram estão em coma profundo. Respirar me machuca tanto, me estica, me rasga de canto a canto e eu continuo sendo um simples suburbano que se intoxica fácil.

Joguei fora minha caixa de lembranças alegres pensando que o demônio fosse me ajudar, ele só piorou as coisas...

A mulher que me ama, a enxergo como uma irmã mais nova. Vejo-me como um velho decrépito que o que muda em sua rotina são os dias em que não consegue cagar.

Para que um cérebro?

Para que viver?

Como amar?

Quase todos meus sonhos morreram e esse último que tenho, quer suicidar.


Marcos Henrique

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